"SER LUZ 2" - PINA BAUSCH


PINA BAUSCH

A precursora de uma técnica inigualável em teatro-dança nos deixou há quase um mês, Pina Bausch também foi uma dessas artistas de vanguarda, no trazendo uma nova e especial maneira de "ver" a dança como um ato completo, desde desenvoltura técnica, passando a personificação de um real personagem em cena.

Em torno de seus diversos trabalhos, venho a destacar um que me emotiva, não somente pela escolha musical ser da obra Stravinsky, mas a "Sagração da Primavera" coreografado por Pina é algo que ao assistir você simplesmente sente algo divino; a prescisão de criação-personagem em total sincronia com a fantástica e difícil música de Igor Stravinsky, ve-se "desenhado" em cada olhar, movimento corporal, parece em muitos momentos que há uma mutação em seus bailarinos que parecem transceder esse mundo em que vivemos, fazendo-nos fazer parte do mundo ao qual eles nos propõem em cena.

Pina, não foi somente uma coreógrafa, ela foi acima de tudo, uma artista extraordinária em criação, usando apenas como instrumento um corpo do qual fazia sair de seus artistas o mais puro sentimento ao tema em que propunham o trabalho artístico apresentado nas suas coreografias, e lembro em dizer que não somente trabalhava com bailarinos, ma também com pessoas que faziam do uso do teatro na dança e vice e versa.


Grande estrela Pina Bausch, nos mostrou que a simplicidade em gestos, e domínio da emoção são alguns dos ingredientes necessários para a execução perfeita de algo, sob o solo sagrado de um teatro.

Vi em um site, uma entrevista muito interessante sobre Pina, está em espanhol, e vale a pena ler um pouco mais sobre ela:
http://www.dance-tech.net/profiles/blogs/hermosa-recopilacion-de


Um trecho da "Sagração da Primavera" que mencionei acima pode ser visto:
http://www.youtube.com/watch?v=-bp4kiW_te4


Costumo usar um adjetivo, mas no caso de Pina tenho que fazer uso de dois: MAGNIFICA e MARAVILHOSA.

Deixou-nos uma mensagem: "O corpo guarda segredos e saberes que devem ser revelados. Por isso, minhas obras não se movimentam do começo ao fim e sim de dentro para fora".

Como Klauss Viana, Isadora Duncan, Maurice Bejart, Nijinsky, entre outros grandiosos anônimos, nos deixa saudades!

Luz a todos!!!!


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