"HISTÓRIAS À LUZ DE VELAS": encontro com Ísis Zahara
Após algum tempo sem comentar sobre meus trabalhos já executados, volto o assunto abordando a parceria com a coreógrafa e dançarina árabe Isis Zahara.
Nossa primeira parceria no trabalho em palco foi com o espetáculo "O fogo da terra", espetáculo interativo de dança contemporânea, dirigido e interpretado por Isis Zahara, cuja base de interpretação está fincada nas tradições de misticismo religioso popular brasileiro, presente na figura da Pomba Gira de Umbanda e nas manifestações de dança transe do deserto africano, identificadas nas entidades do Zaar.
O corpo cria linhas e desenha um espaço sagrado e profano, onde a música impõe o devir, através dos intérpretes, músicos e compositores, Douglas Felis, Carlos Valverde e João Dalgalarrondo.
O corpo cria linhas e desenha um espaço sagrado e profano, onde a música impõe o devir, através dos intérpretes, músicos e compositores, Douglas Felis, Carlos Valverde e João Dalgalarrondo.
ISIS ZAHARA em "Fogo da terra" - FOTO: Celso
No Zaar o corpo feminino adquire muitas formas que estão além das figuras antropomórficas, a incorporação se dá por entidades animais e de forma ou espécie indecifrável.
Em ambos os rituais a incorporação provoca uma espécie de inconsciência e o corpo, super-estimulado pelo ritmo entorpecente, acaba transcendendo a realidade e a distorcendo em figuras, gestos que caricaturam a teia simbólica sobre o grupo social em que os indivíduos estão envolvidos.
A caricatura, do que poderíamos chamar das figuras arquetípicas, é amplificada pelo corpo veículo e ponto de ligação entre deuses e homens.
O espetáculo surgiu partir da pesquisa de mestrado para a defesa da tese:
“A Dança das Profundezas – Rainhas e Servas da Metáfora e da Memória do Arquétipo Feminino, um estudo sobre a dança feminina egípcia” - orientação de Verônica Fabrini - defendida em 2004 pelo Instituto de Artes Corporais da Unicamp.
Em ambos os rituais a incorporação provoca uma espécie de inconsciência e o corpo, super-estimulado pelo ritmo entorpecente, acaba transcendendo a realidade e a distorcendo em figuras, gestos que caricaturam a teia simbólica sobre o grupo social em que os indivíduos estão envolvidos.
A caricatura, do que poderíamos chamar das figuras arquetípicas, é amplificada pelo corpo veículo e ponto de ligação entre deuses e homens.
O espetáculo surgiu partir da pesquisa de mestrado para a defesa da tese:
“A Dança das Profundezas – Rainhas e Servas da Metáfora e da Memória do Arquétipo Feminino, um estudo sobre a dança feminina egípcia” - orientação de Verônica Fabrini - defendida em 2004 pelo Instituto de Artes Corporais da Unicamp.
Outro trabalho foi sua a parceria em de "A corda da alma" com Sami Bordokan Ensemble, e podemos ver alguns trechos abaixo.
acima SAMI BORDOKAN ENSEMBLE em "A CORDA DA ALMA" - FOTO: Rodrigo Cancela
"A corda da alma", trata-se de um espetáculo musical, no qual envolve o público a uma viagem ao mundo mediterrâneo, através da interpretação coreográfica de Isis Zahara, juntamente com os músicos internacionais Sami Bordokan (Líbano) no alaúde e voz, Willian Bordokan (Líbano) no derbaki e Claudio Kairus (Egito) no kanum; o expectador é levado ao mundo mediterrâneo através da música, desde as mais clássicas ao repertório popular, passando também por ritmos do Egito e Grécia, onde a intérprete Isis Zahara, demonstra com toda a sua sutileza, uma redefinição contemporânea da dança tradicional, ultrapassando os limites da técnica da dança árabe e desenvolvendo uma nova linguagem corporal.
Neste primeiro video temos a improvisação de Isis Zahara com solo de Derbaki:
ISIS ZAHARA e SAMI BORDOKAN ENSEMBLE "A CORDA DA ALMA" - CAMERA: Rocha
O espetáculo baseia-se na letra e música de Sami Bordokan, intitulada "Mitli Mitlac", que traduzido, podemos dizer que se trata de um poema à pessoa apaixonada, usando como analogia a Lua, que ostentada no céu, todos a olham com extrema sensibilidade, ao ponto de se apaixonar por algo que está tão longe e inatingível.
Com coreografia e música original, o espetáculo tem o objetivo de mostrar um pouco de uma cultura riquíssima em sons e movimentos, poesia e acordes, tornando-se um espetáculo de forte impacto musical e visual.
Segue neste segundo vídeo, um tema folclórico:
Com coreografia e música original, o espetáculo tem o objetivo de mostrar um pouco de uma cultura riquíssima em sons e movimentos, poesia e acordes, tornando-se um espetáculo de forte impacto musical e visual.
Segue neste segundo vídeo, um tema folclórico:
ISIS ZAHARA e SAMI BORDOKAN ENSEMBLE "A CORDA DA ALMA" - CAMERA: Rocha

Na sequência, serão apresentadas fotos e falando um pouco sobre a iluminação, nessa primeira percebam um contra luz em tom rosa (Rosco 334), a pedido da Ísis, e nos ensaios percebi a diagonal em que ela percorria até metade do palco, por isso um ângulo assimétrico do refletor foi proposital para que fosse possível perceber detalhes de sua silhueta, sem entregar o figurino.
Em grande parte do espetáculo utilizei uma tela de cinema no local (CPFL Cultura), com finalidades de ciclorama em tons âmbar (Rosco 021) e azul (Rosco 074), na luz geral foram utilizados filtros especiais e focos frontais em cada músico, na foto abaixo os músicos: Willian Bordokan (derbaki), Sami Bordokan (alaúde) e Claudio Kairouz (kanun) e a dançarina Isis Zahara.
ISIS ZAHARA e SAMI BORDOKAN ENSEMBLE "A CORDA DA ALMA" - FOTO: Rodrigo Cancela
Na cena abaixo, a iluminação pegou carona no poema "Mitli Mitlac", mostrando toda a sensualidade feminina através da dança árabe, e sentimentos como paixão estão presentes, acompanhada pela luz do luar.
ISIS ZAHARA e SAMI BORDOKAN ENSEMBLE "A CORDA DA ALMA" - FOTO: Rodrigo Cancela
Último trecho do espetáculo:
ISIS ZAHARA e SAMI BORDOKAN ENSEMBLE "A CORDA DA ALMA" - CAMERA: Rocha
ISIS ZAHARA e SAMI BORDOKAN ENSEMBLE "A CORDA DA ALMA" - FOTO: Rodrigo Cancela
Amigos, esta foi mais uma das experiências que tive no decorrer de minha carreira, foi uma experiência inesquecível trabalhar a dança, teatro e música ao vivo (os músicos improvisaram muito) rsrsrs....
Links dos artistas envolvidos:
idealizadora/criação: Isis Zahara
idealizadora/criação: Isis Zahara
músicos:
Carlos Valverde
Sami Bordokan Ensemble
técnico audio: Natanael Lopes
iluminação: Alessandro Azuos
Parte do texto foi retirada dos folders dos espetáculos, com textos de Isis Zahara.
Amigos... tenham uma excelente semana...
Bjs....
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