"OS MISERÁVEIS" - musical baseado na obra de Victor Hugo

Caros amigos iluminados....

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Há tempos não escrevia nenhuma postagem contando algo sobre o que assisti, neste post em que dedico este tipo de relação minha e divido com vocês, também o criei para falar um pouco de histórias que passo pelo cotidiano e registrar trabalhos e sensções agradáveis que tenho.

 Desta vez será sobre o filme baseado na obra de Victor Hugo, um musical qeu foi criado para o teatro e agora reestabelece-se com muito vigor sua grandiosidade nas telas dos cinemas do mundo todo: OS MISERÁVEIS, direção de Tom Hooper (dirigiu também "O discurso do rei") com libreto de William Nicholson e música de Claude-Michel Schönberg (que também assina "Miss Saigon").

O elenco é de extrema grandeza, são preciosos artistas que além de cantarem com excelência, emprestam seus corpos a interpretações que arrepiam todos nós; Hugh Jakman (o Wolverine do X-Men) tem o protagonista Jean Voljean (prisioneiro por roubar um pão) sob sua responsabilidade e demonstra um alto grau de interpretação e interação que nos dá vontade de adentrar a tela e auxiliá-lo em diversas situações; Russel Crowe solta voz surpreendentemente através do personagem Javert; Anne Hathaway (que no "Diabo veste Prada" foi legal) aqui demonstra a verdadeira atriz que é ao interpretar Fantine e nos brinda com a famosa ária " I dreamed a dream" (a mesma que a Susane Boyle encantou o mundo) dignamente como uma prima donna na ópera; a belísiima Amanda Seyfried (de "A garota da capa vermelha) interpreta Cosette adulta, filha de Fantine, e faz um par romântico com Eddie Redwayne, que é Marius e um sonhador pela liberdade da França; não posso me esquecer das crianças, a encantadora Isabelle Allen que interpreta Cosette na infância e o notável Daniel Huttlestone que interpreta Gavroche; as cenas sátiras do musical fica a cargo do casal maravilhoso Bonham Carter (a Rainha de "Alice") e Sacha Baron Cohen ("O ditador) que nos divertem muito com sua ações hilárias e caricatas durante o drama, e tem como sua filha a atriz Samantha Barks, Éponine, que tem um papel de fusão muito importante na costura dessa maravilhosa trama.

Assistindo a história de Victor Hugo, que se passa na França desde o início do século XIX, e nos mostra em torno de 25 anos de história, numa França já em pré-revolução, narra a saga de Jean Valjean que é preso por roubar um pão para alimentar seu sobrinho que morria de fome, traz uma crítica social e política, que vemos que não mudou muito no mundo atual, msotra a injustiça cometida com os menos desprovidos da população, os pobres e miseráveis, critica do abuso do poder através do general Javert que grita por vingança, e trabalha nesse personagem um aspecto moral que é visto mais ao final da trama; guetos, prostíbulos, uma França que poucos mostraram (me recordo isso em "Corcunda de Notre Dame" - de 1939 da RKO - e Gaspar Noe em "Irreversibile), a luta pelos direitos humanos e da igualdade social através de jovens e rebeldes estudantes, que também não foram diferentes em nosso país na nossa ditadura militar; um filme que nos choca por demonstrar um submundo de maneira bela e simples, que todos nós seres humanso somos iguais e lutamos em confomidade com o mundo em que vivemos e somos condicionados a vivê-lo e aceitá-lo, isso se vê na primeira cena em que os presos estão rebocando um barco para o estaleiro, e proibidos de olhar para cima ou para os lados, eles cantam em coro "Para baixo, para baixo", representam e manisfetam a falta de escolha de vida em suas ações, ao mesmo tempo a condição ao que estão submetidos.

É um filme que trabalha o sonho e a esperança, vê-se isso nas mais diversas falas, ná ária "I dreamed a dream" e em uma cena que me arrepiou, em que Jean Valjean está levando a pequena Cosette em seus braços, dentro de uma carruagem, e ali questiona-se: "Poderia eu saber, que havia tanta esperança em minha alma?"(palavras que me recordo).

Devem estar pensando o que isso tem haver com iluminação, hauhauhauha.... e eu respondo: TUDO!

Sabem que gosto de falar da luz não somente no seu sentido técnico, mas também da luz de maneira metafórica, que nas palavras escritas se encaixam; mas comentando um pouco da direção de fotografia, ao qual deve ser estudada com cautela e dada a máxima atenção, é assinada por Danny Cohen (que também "O discurso do rei").

Cenas lindas e bem iluminadas, contrastes muito bem trabalhados que delineam as cenas, auxiliando a interpretação visual da dramaticidades que ela vai ocorrendo, tem uma das cenas em que Fantine está no hospital, com iluminação a luz de velas na cabeceira da cama, e a vemos através de um véu, a fotografia me remeteu a uma obra pictórica do Impressionismo, como se fossem pinceladas rápidas da luz que logo poderia findar-se e perder-se a "fotografia", o cuidade com o lúdico na iluminação das cenas esteve presente o tempo todo, vale a pena estudá-la um pouco mais a fundo.

Um filme arrepiante, que faz repensar na sociedade como um todo, faz refletir sobre as necessidades da igualdade entre todos nós seres humanos, que somos todos iguais, independente de nossas raças, pensamentos e ideologias políticas ou manifestações culturais e espirituais, e ainda vivo a utopia que, em algum dia, talvez haja mais compreensão entre nós seres humanos, e tolerância ao diferente, que em muito vem afetando a discóridia entre os povos em nosso mundo.

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Links:
http://www.lesmiserablesfilm.com/splashpage/
http://omelete.uol.com.br/os-miseraveis-les-miserables/
http://www.cineclick.com.br/filmes/ficha/nomefilme/os-miseraveis-2012/id/18272


Galera... até a próxima... luz a todos!!!


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