"HISTÓRIAS À LUZ DE VELAS": "Minha primeira vez!" ;)

Amigos,

Após a conversa com o iluminador e também meu amigo Eduardo Albergaria, surgiu me a idéia de fazer "MEU COMERCIAL", sei que o nome parece um egoísmo e não combina em nada comigo, mas é para falar um pouco sobre minha carreira e trabalhos, já que neste ano comemoro 10 anos de profissão dentro da arte cênica, passando pelas mais variadas funções, situações e somando informações, decisões, e analisando toda a vivência, percebi o quanto a luz sempre esteve presente em meus trabalhos, mesmo quando vendia espetáculos ou fazia alguma outra área de produção, sempre estava lá dando meu pitaco na luz; foram muitos convites que surgiam para "fazer luz", até que um dia tive que optar, e hoje estou me dedicando totalmente ao fazer lumínico, mostrando a luz de uma maneira importante no processo criativo dentro do teatro.



Citarei também amigos, que sempre fizeram parte dessa "rotina iluminada", e que sem eles não seria o que sou hoje, digo a muitos deles, que toda minha conquista, eles tem parte de culpa nisso também.. huahauhaua

Começando, vou falar de meu primeiro trabalho profissional, que foi com a Cia. Atlanta de Teatro, com sede na cidade de Campinas/SP (http://www.atlantateatro.com.br/), fui indicado pelo meu grande amigo Paulo Morais (Tilzinho como o conhecem)... e após a seleção com Édson Ronald, fui informado que além de ser ator, teria que cuidar da área técnica também.


Hoje, após 10 anos, confesso que me assustou um pouco, eu nunca havia ligado um refletor, não sabia nem trocar resistência de chuveiro, quem diria uma luz profissional..... huahauhuhauha... e o destino incubiu-se de colocar à disposição um novo universo em minha vida: o da iluminação.

"Lancei me de corpo e alma ao desafio".

Lembro que em minha primeira estréia, tinha uma cena de luz negra no espetáculo, infantil "Rei SOl", a atriz Marta Rezende em cena com um pássaro pintando com tintas fosforecentese e preparado para a cena, mas como estava nervoso, não conseguia enxergar o pássaro, então desliguei a luz negra enquanto ocorria a cena, percebi o erro em milésimos de sgundos... tempo em que também aparece Édson Ronald (o diretor, o dono e meu chefe), botou a cabeça na porta e gritou: "Quer acabar com meu espetáculo?"... minhas pernas tremiam, comecei a suar frio, e acabada a sessão, fui morrendo de medo na reunião, quase chorando, com a certeza que receberia minha primeira advertência; feliz o destino e pessoas que sempre confiaram em mim, foi ali, naquela reunião, que recebi meu primeiro elogio do mesmo diretor que chamou a atenção minutos atrás, foi algo assim: "Parabéns ao Alessandro Azuos pela luz, para quem é primeira vez que opera, montou ontem a luz e hoje operou, realmente está de parabéns, só não se acostume a desligar a luz negra no meio da cena"... ufa.... passei por essa...

A partir dessa situação percebi meu feeling para operar iluminação, e nunca mais parei; hoje em dia, "faço luz" participando de grandiosos projetos dentro da área de teatro, dança, exposições, viajando o país, fazendo cursos com grandes nomes nacionais e internacionais, e tenho muito orgulho nessa profissão da qual faço parte, trabalhando com muita dedicação e carinho para com a arte.


As fotos deste post são do espetáculo "REI SOL" musical de Rogério Duarte, direção de Édson Ronald em 1999, do qual agradeço por tê-las me emprestado, dando início a mais uma abordagem do blog.

Até a próxima ... tenham uma semana iluminada....



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