"SONHO DE ÍCARO" - parte 01/02
Amigos,
Baseado no mito de Ícaro, filho de Dédalo, o grupo LUME Teatro, de Campinas/SP - Brasil, abre a temporada de 2010, ano em que comemora 25 anos de existência, convidando cias. de Barão Geraldo, a fazerem parte da produção deste projeto ousado: "Sonho de Ícaro".
Aconteceu dia 31/janeiro/2010, em parceria com o Feverestival e SESC Campinas, o espetáculo reuniu em torno de 130 profissionais, dentre artistas, técnicos, produtores, assessores de comunicação, reunindo um público inesperado de 1000 (MIL) pessoas, surgindo - também inesperadamente - uma segunda sessão, tornando-se um marco dentro do teatro Campineiro; um projeto ousado, com participação de pessoas mais ousadas ainda e que confiaram que um "sonho" realmente torna-se "realidade", quando existem profissionais com um objetivo, com um foco determinado e principalmente, sabem usar da criatividade (pois a verba era muito pequena), utilizando de materiais recicláveis; criou-se um show que, plagiando meu grande amigo, diretor e ator Douglas Chaves: "O SONHO DE ICARO VAI ENTRAR PARA A HISTÓRIA DO TEATRO CONTEMPORANEO".
Falarei sobre a luz do espetáculo em duas partes, ficou um pouco longo, cheio de fotos e informações, então acho de bom tom dividir, para uma melhor compreensão e visualização.
Falarei sobre a luz do espetáculo em duas partes, ficou um pouco longo, cheio de fotos e informações, então acho de bom tom dividir, para uma melhor compreensão e visualização.
Na sequência falarei um pouco sobre a concepção de luz pensada e executada para o projeto, então colocarei a foto e logo em seguida falo sobre a iluminação da cena. Os créditos das fotos serão de Juliana Hidal, com exceção da foto do "Sol" de André Burnier (segundo post).
"Sonho de Ícaro" por fotos
O espetáculo inicia-se na área externa do galpão do SESC Campinas, do qual utilizei 06 lâmpadas HQI para "lavar" a área de fora, local onde foi travado uma luta entre os "homens engravatados" com "o Minotauro e seus seguidores", usando de um sentido metafórico para atrelar a vida cotidiana do homem moderno, os "engravatados" tinham uma coreografia ritmica com a galera do Grupo Cupinzeiro, parecendo zumbis numa sequência sistêmica de gestos e andar, as únicas falas foram a poesia concreta de Arnaldo Antunes (música Comida); são perseguidos e apriosionados pelos "Minotauros", que mantinham uma não cadência mais despojada e grotesca. Ao som percussivo de Mundu Rodá, e são levados para dentro do labirinto.
"A entrada do Labirinto", utilizei me de uma instalação com refletores Set Lights com filtro VERMELHO (Rosco 026), e Elipsos com gobos de grades e janelas, criando um clima de claustrofobia, a fumaça ajudou a desenhar o local e fazer o clima.
Após a passagem pelo Labirinto, tanto os presos "engravatados" e o público, entravam pelo lado esquerdo da platéia através de um "caminho de tijolos", feitos por Elipsos com gobos.
Após iniciado o espetáculo "dentro do Labirinto, a sequência das Musas e Poetas, que apresentavam o espetáculo, logo os "engravatados" surgiam novamente, com sacos de papel na cabeça, rasgando-os em seguidas.
A luz acima foi utilizado 4 Moving Lights (Giotto 400) na parte inferior de cena, e com o ritmo da música acendia na entrada dos personagens, que, a medida que entravam no palco, acontecia um croosfade para o contra luz com filtros AZUL (Rosco 079) e CIAN (Lee 116) e fumaça para desenhar e somente aparecer silhuetas, seguidos de uma explosão, que utilizei 10 Moving Lights com estrobo sobre a cena, alternando com o contra luz, até a entrada do Minotauro, que segue na foto.
O Minotauro e toda a sua "equipe" foram marcados com o tom AMARELO PALHA (Rosco 013), destaque aqui para a confecção do boneco numa oficina com Alício Amaral, do Mundu Rodá, uma semana antes da estréia.
Continua no próximo blog....
Para quem quiser ver os mapas de iluminação do projeto, segue abaixo:
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