LUMINOTÉCNICA - PARTE 01/08: Considerações iniciais

Galera iluminada, tudo bem?

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Inicio aqui, depois de diversas explorações e pesquisas em revistas, livros, "Pai Google" e amigos, lanço aqui uma série que tentarei argumentar sobre a luminotécnica, a importância de nós, iluminadores do entretenimento, aprimorar-mo-nos em horizontes de conhecimentos em iluminação, e é algo interessante para sabermos.

Trabalho na área da iluminação para entretenimento há 16 anos, mantenho o blog há 6 anos, coleciono livros que agregam informações a tudo que refere-se a iluminação, e garanto a vocês que o assunto sobre a luminotécnica é bem vasto, um pouco mais técnico e com diversas regras - verifiquem a Norma ABNT 5413: Luminância de interiores, houveram alguns acertos no último ano - mas de uns tempos pra cá venho pesquisando e adequando um pouco sobre "como ter criatividade com regras", percebi que é possível sim, unirmos o funcional e o artístico num só conjunto, para que isso ocorra tem que haver essa criatividade, caso contrário, o trabalho em iluminação fica clichê, chato, técnico demais, monótono e sem originalidade (ou sem sua própria marca).

Explicando um pouco, a luminotécnica é um estudo que surgiu (não sei quando) com a finalidade de estudar os ambientes no ramo da arquitetura e urbanismo; neste estudo devemos considerar o conforto, a segurança e a saúde visual como fatores responsáveis pelo desenvolvimento do projeto luminotécnico, aqui lembro que em qualquer ambiente ao ser iluminado deve ser considerado a reflexão que ocorre neste espaço, e os cálculos são feitos baseados pelas distâncias entre fonte e objeto, índices de reflexão entre parede, piso, teto, móveis, distribuição espacial do local.

Esses cálculos são exigidos para determinados ambientes e áreas, principalmente em projetos mais funcionais como industrias, comércios, escritórios, praças, áreas esportivas, e também é necessário conhecer tecnicamente como iluminar lugares mais artísticos como museus, galerias de arte, vitrines, etc; são baseados em normativas que estabelecem controles para quantidade de luz de um determinado ambiente/local, para que haja um equilíbrio visual sem ofuscamento, ou incômodo, e claro, havendo uma reprodução das cores mais fiéis possíveis para a visão humana; além disso, a arquitetura moderna tem o objetivo de criar  projetos mais sustentáveis aproveitando melhor a luz natural, elaborado sempre por profissionais que  saibam garantir um ambiente que seja confortável e que saibam planejar todo esse aproveitamento juntamente à luz artificial, minimizando os gastos e aproveitando da melhor forma a eficiência energética.

Quero já avisar que colocarei um pouco sobre meu ponto de vista individual e profissional a respeito do tema,  comentarei aspectos que julgo serem importantes discutir recordando-me do período que trabalhei numa loja como consultor e vendas de luminárias em geral, dando assessoria arquitetos, decoradores de interior e projetistas em iluminação.

Outro aspecto que considero relevante é que pesquiso iluminação em torno de 13 anos, e levanto a bandeira que independente para qual seja a finalidade, a luz e a iluminação tem seu comportamento físico-químico-neural praticamente em tudo que temos contato, salvo se houver algum problema na visão, todos nós estamos dependentes dela para tudo que fazemos, desde ler um livro, sair às ruas, olhar nossos celulares, conversar através de aplicativos, olharmos o outro, sensações de cores nos ambientes, logos, filmes, revistas, etc, tudo é possível devido a luz e seu comportamento junto aos seres humanos.

Minha curiosidade sobre a luminotécnica iniciou quando comecei a receber em minhas oficinas de iluminação, profissionais como arquitetos, decoradores de interiores e engenheiros, isso aguçou meu cérebro em compreender o por quê de assistirem minhas oficinas, e trocando informações, aprendendo com todos, percebi que buscavam compreender a iluminação cênica para levarem aos seus projetos; bem, esse assunto será parte de meu mestrado.. rsrs... mesmo porque não existe uma informação precisa do que é a iluminação cênica dentro do projeto luminotécnico, existem explicações que uma luz mais pontual, mudança de temperatura de cor, etc, criam um ambiente mais cênico, em torno do cenário, mas a iluminação cênica vai além desse mero procedimento de "pontuar" a sala com lâmpadas AR ou dicróica ou escolher a temperatura de cor para o local, e mesmo assim, ainda luto com minha massa cinzenta a buscar uma resposta para esta questão, espero entendê-la me meu mestrado.. rsrs....

Finalizando essa abordagem inicial, até o momento escrevi diversos posts que serão divididos em áreas - ou tópicos como preferirem chamar - para compreensão da luminotécnica e para consultas dos iluminadores do entretenimento, no qual utilizarei como fontes de consulta minha biblioteca pessoal, livros, revistas, sites das empresas e fabricantes de iluminação; já aviso que em tudo serão mencionados os créditos, muitas informações não sou eu quem as criei e merecem o devido mérito e respeito de quem as estudaram, pesquisaram e pensaram antes de mim, para que eu pudesse entender e compreender melhor a iluminação tudo que acerca este tema, que para mim, tenho uma enorme satisfação em comentar sempre e dividí-las com todos os interessados.

LUZ A TODOS!!!

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Fontes de pesquisa geral para estas matérias:

Livros e catálogos:
"Iluminação e Fotometria" - 2ª edição - de Vinícius de Araújo Moreira (Ed. Ética - 2011)
"Iluminação: Teoria e projeto" de Délio Pereira Guerrini (Ed. Edgard Blucher - 1976)
"Conceitos básicos de iluminação" Revoluz
"Guia de iluminação" LLUM Lâmpadas e Luminárias
"Catálogo OSRAM" - 2011/2012
"Iluminação" de Roberto Starck Nogueira da Silva (1977)
"Luz, Lâmpadas e iluminação" - Mauri Luis da Silva (Ed. Ciência Moderna - 2004)
"LED a luz dos novos projetos" - Mauri Luiz da Silva (Ed. Ciência Moderna - 2011)

Revistas:
"Manual do construtor" - Edições 06 e 07 - Eco Editorial
"Guia da iluminação" - Edição 02 - Editora Abril (2011)
"Arquitetura e construção" - Edições jun/12 e jul/13 - Editora Abril


Sites:


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